A atriz Laura Zapata destacou a acolhida do público à peça teatral "Vida por amor", que narra a conversão do médico chamado “rei do aborto”, o Dr. Bernard Nathanson, e que apesar de ter sido apresentada apenas uma vez, já recebeu propostas para ser representada na Espanha.

"O público encontra algo que não espera. Comentam que é uma obra comovedora; somente demos uma função e com esta função produziram-se grandes coisas no México; posso dizer que o que produziu foi por obra do Senhor", declarou a atriz ao semanário católico “Desde la Fe”.

"Vida por amor" narra a conversão de Bernard Nathanson e Norma McCorvey, abortistas arrependidos e agora defensores da vida. Nathanson, médico de profissão, praticou pessoalmente nos Estados Unidos cinco mil abortos, incluindo o de seu próprio filho, e fiscalizou a realização de outros 70 mil; McCorvey, demandou o direito ao aborto no mesmo país e conseguiu despenalizá-lo.

Zapata manifestou sua surpresa pela acolhida da obra, já que não a fez pensando no êxito, "mas sim porque ela queria e alguém tinha que falar sobre este tema. Porque não me parece que os jovens sejam convidados a acreditar que a gravidez é um problema, onde são convidados a abortar como se fossem fazer ir à manicure. Alguém tinha que dizer o que o aborto é realmente".

A obra foi estreada no Teatro da Cidade em Chihuahua e agora a atriz está procurando teatros na capital e possivelmente levá-la a escolas, universidades, e outras instituições de ensino, "onde os jovens possam vê-la, porque eles devem repensar no conceito da vida, de proteger o mais fraco do gênero humano".

Laura Zapata recorda que o dia da despenalização do aborto na capital, estava reunida com uns colegas e em um arrebatamento súbito exclamou "como é possível que se viva em um lugar onde está proibido fumar mas está permitido abortar!"

"A idéia causou muito ruído em minha cabeça. Imediatamente, ali pensei: quero fazer uma obra que fale do aborto! Foi algo sem pensá-lo, um desejo que nasce da alma, do espírito, que vem de outro lado do ser", relatou.

A atriz explicou que Nathanson e McCorvey "levam-nos pelo satânico mundo do aborto até sua conversão; eles vivem essa conversão espiritual transitando por caminhos do alcoolismo, dependência de drogas, livros de auto-ajuda, psicanálise, tentativas de suicídio".