O Sistema Informativo da Arquidiocese da Cidade do México (SIAME), afirmou que logo depois das eleições de 4 de julho, a tarefa da cidadania e das autoridades é fortalecer as instituições e combater o crime organizado porque "cresceu desproporcionalmente".

Em um artigo editorial, o SIAME destacou a participação dos mexicanos nas eleições que se realizaram em doze estados; entretanto, denunciou as práticas antidemocráticas de manipulação que se deram em alguns casos, assim como a pressão que o crime organizado exerceu em certos estados.

"A presença do crime organizado, com suas nefastas conseqüências, deve-nos levar a um acordo de unidade entre todas as forças políticas e a cidadania para superar definitivamente o desafio e a arrogância daqueles que tomaram o caminho do crime e da violência. Como sociedade, não podemos tolerar que sejam os delinqüentes quem tome o controle social e político de nosso país", expressou.

O editorial recordou que "é tarefa de todos erradicar com firmeza a corrupção que está atrás do crime organizado e é tarefa do Estado garantir a paz e a segurança dos cidadãos para forjar uma sociedade próspera com a participação honesta de todos".

Com respeito às "ações fraudulentas", como os "amedrontamentos e chantagens, indução do voto ou a franca compra de vontades", o SIAME indicou que a solução é permitir que as instituições eleitorais "definam com claridade a validez e a legalidade de cada um dos processos".

O editorial recordou que já passou o tempo eleitoral e que entre a cidadania e as autoridades se deve construir na legalidade e deixar de lado "os enfrentamentos partidários que só aprofundam a divisão no país e nos impedem de crescer com harmonia".