O Escritório de Informação da Arquidiocese de Caracas emitiu hoje um comunicado no qual rechaça novamente –como já o fizera em setembro de 2009– que o Cardeal Jorge Urosa tenha escrito um correio eletrônico no qual atribuem falsamente a ele uma série de "expressões classistas e absurdas com respeito à educação". O texto responde, uma vez mais, a falsas acusações, realizadas esta segunda-feira 12 de julho na televisão venezuelana.

O comunicado diz o seguinte: "ontem à noite, em um programa da  Rede ‘Venezolana de Televisión’ foi irradiado um vídeo no qual se ataca o Cardeal Jorge Urosa Savino, Arcebispo de Caracas, em base a um correio eletrônico falso originado em 24 de agosto de 2009 e publicado no Diário ‘Ciudad Caracas’ em 1º  de setembro de 2009. Neste correio, enviado através de uma conta que não pertence ao Cardeal Urosa, atribuem ao Arcebispo de Caracas uma série de expressões classistas e absurdas com respeito à educação".

"Tal correio é uma áspera mentira evidenciada ademais pelo fato de que inclusive o nome e a assinatura do Cardeal aparecem com erros ortográficos", precisa.

Por isso, "rechaçamos novamente tal correio, desmentido oportunamente pelo Cardeal Urosa em carta ao Diretor do Diário Ciudad Caracas, e publicada por esse meio nos dia 4 de setembro de 2009, na página 9, e no jornal El Universal nos dia 8 de setembro, assim como em outros meios de comunicação".

"A Igreja na Venezuela e em Caracas realiza um intenso trabalho educativo, aberta a todos os setores, e privilegia a atenção aos setores populares através de instituições como as Escolas Paroquiais e as Escolas de Fé e Alegria", acrescenta.

"O vídeo irradiado por La Hojilla em Venezolana de Televisión está apoiado em uma mentira", conclui.

Desmentido no dia 2 de setembro de 2009

O Cardeal Urosa enviou ao Jornal de Caracas no dia 2 de setembro de 2009 uma nota na qual assinalava: "nego absolutamente ter escrito tal correio sobre alguns aspectos da lei de educação recentemente promulgada, no qual existem frases que eu nunca uso, e conceitos que vão contra meus valores e sentimentos de serviço e afeto a todos os venezuelanos, pertencentes a qualquer classe social. Antes de publicar a nota poderiam ter verificado comigo a veracidade do assunto".

"Minhas observações à Lei de Educação, especificamente à supressão da educação religiosa nas escolas dentro do currículo e horário escolar, estão expressas na mensagem sobre o ensino religioso escolar dirigido a todos os católicos de Caracas, publicado no último 16 de agosto no Semanário 'A Igreja Agora'", prosseguiu.

Finalmente, rechaçou a "tendenciosa atribuição de tal correio, falso difamatório e injurioso. E agradeço a você, Senhor Diretor, a publicação desta nota explicativa na mesma página 4 do seu Jornal".