O Arcebispo de Valladolid, Dom. Braulio Rodríguez, chamou os espanhóis –especialmente os políticos- não dramatizar as declarações do Papa João Paulo II sobre o laicismo da sociedade espanhola e ler “na íntegra a intervenção de Sua Santidade”.

Não fiquem com resumos tirados de contexto”, pediu o Arcebispo em declarações à  EFE e constatou a preocupação do Pontífice sobre a situação espanhola.

“A  única coisa que o Papa  tenta é cumprir com sua obrigação de fazer-se eco dos problemas de todos os países”, explicou o Prelado e considerou que a notoriedade de suas declarações é conseqüência de "uma especial sensibilidade em torno das questões que afetam à Igreja e que às vezes podem dar a sensação de que estamos brigados com o Governo, mas não é assim”.

Por sua vez, Gustavo Alcade, presidente do Partido Popular (PP) de Aragão, assinalou que O Papa “tem todo o direito do mundo, como tem feito em outras ocasiões, como com a guerra do Iraque, a manifestar a opinião que achar mais oportuna”.

O presidente do PP, Mariano Rajoy, advertiu ao Governo de José Luis Rodríguez Zapatero que realizar uma "cruzada" contra os católicos constitui "um engano".

Em declarações à  Europa Press, o líder dos populares sentenciou que os socialistas escolheram como objetivo de suas "cruzadas" aos juizes e os Estados Unidos além dos católicos.

"São três cruzadas que não se sabe para  que vêm, que não se sabe o que têm a ver com o interesse da maioria dos espanhóis e que só podem servir para exacerbar as posições radicais de alguns", sentenciou.