Em declarações à imprensa, o Bispo de San Cristóbal, Dom Mario Moronta, considerou que "desqualificar o Cardeal (Urosa) não é bom por muitos motivos: primeiro porque é uma pessoa, segundo porque não é um homem indigno nem é um troglodita", em alusão aos insultos do presidente Chávez contra o Arcebispo de Caracas e o Episcopado da Venezuela no último dia 5 de julho.

Dom Moronta –quem foi considerado pelo presidente Chávez como seu candidato a Super-cardeal" da Venezuela– assinalou sobre as agressões que "acredito que se impõe novamente uma palavra e uma atitude que não deve falhar nunca que é o diálogo e o encontro. Eu estou disposto a seguir mediando nesse encontro".

O Bispo disse além que "acredito que desqualificar o Cardeal não é bom por muitos motivos: primeiro porque é uma pessoa, segundo porque não é um homem indigno nem é um troglodita. O fato que eu não coincida com algumas pessoas não me dá uma patente de curso para desqualificá-lo".

Por isso, o Prelado expressou "minha solidariedade, minha amizade ao Senhor Cardeal. Inclusive se vocês falarem com ele (verão) muitas vezes que nós em nossas discussões mantemos opiniões diversas".

"Podemos estar em opiniões diversas do ponto de vista eclesiológico, pastoral, e entretanto não rompemos a unidade porque para nós o mandamento do amor é fundamental", acrescentou.

O Bispo de San Cristóbal disse ademais que neste marco "não se trata de desqualificar mas de procurar precisamente a possibilidade de encontros para o diálogo e para olhar para diante. Eu acredito que é importante o diálogo neste momento".

Consultado sobre seu serviço como Bispo, Dom Moronta comentou que "eu pedi ao Santo Padre que me deixasse aqui até que se acabasse meu ministério episcopal".