O Secretário Geral da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Juan Vicente Córdoba, explicou que a Igreja Católica atualmente está em "stand by" e à espera do início do governo do Presidente eleito Juan Manuel Santos para definir sua eventual mediação com as FARC.

O Prelado disse que a Igreja está disposta e esperando "que o novo Governo nos convide" para contribuir como mediadores ou facilitadores em uma nova aproximação com as FARC.

"As gestões de liberação de seqüestrados estão em "stand by" até que chegue o novo Governo, não há nada oficial. Sem a anuência do Governo nós não procedemos", explicou o Prelado conforme indica uma nota da CEC.

Por sua parte o Bispo de Magangué, Dom Leonardo Gómez Serna, afirmou que embora não há ainda "avanços oficiais", a Igreja "segue comprometida com a paz. Com uma paz que se fundamenta na justiça social e na reconciliação e aproximação entre as partes".

"Tivemos contatos permanentes, realizamos diálogos pastorais com os diversos grupos...seja quem for temos esse compromisso de procurar caminhos de aproximação", disse e assinalou que entretanto não tiveram resposta dos chamados "bandos emergentes", para realizar diálogos pastorais com alguns de seus integrantes ou mandos.

Por outro lado o Bispo de Montería, Dom Julio Cessar Vidal Ortiz, recordou que como pastores e prelados católicos "temos que dialogar com todos". Considerou que é necessário pensar em um processo de paz e acolher a iniciativa do mandatário eleito de trabalhar em torno de uma proposta de unidade nacional.

"Será necessário dar o passo para oferecer à guerrilha e a outros grupos a possibilidade de reincorporar-se a uma vida democrática", assegurou Dom Vidal Ortiz, em diálogo com os jornalistas no marco da 89° Assembléia do Episcopado que se realiza até o dia 9 de julho.