O Pe. Benny Suseyto, Secretário Executivo da Comissão Episcopal de Ecumenismo e Relações Inter-religiosas, indicou que as ameaças de grupos radicais islâmicos reunidos em Bekasi foram rechaçadas por diversas organizações muçulmanas; entretanto, pede-se ao Governo indonésio que detenha os extremistas.

"Houve um movimento compartilhado que nos reconforta. A Igreja, junto a todas estas organizações, pede ao governo que os detenha (aos extremistas) e que defenda claramente uma cultura do respeito da dignidade humana, dos direitos e as liberdades fundamentais, tuteladas na Constituição da Indonésia", expressou o sacerdote à agência Fides.

O Pe. Benny indicou que o Fronte Islâmico de Defesa (FPI por suas siglas em inglês), que liderou o radicalismo em Bekasi, "é um grupo minoritário que trata de alimentar a tensão e o ódio entre as religiões, manipulando a população. O verdadeiro Islã na Indonésia é moderado. As principais organizações muçulmanas como a ‘Nadhlatul Ulama’ (60 milhões de membros) e o ‘Muhammadiyah’ (40 milhões) mostraram sempre um rosto dialogante e pacífico".

Entretanto, assinalou que dentro da polícia há membros que apóiam o FPI. "Além disso, não faltam os amparos políticos. A Comissão Nacional de Direitos humanos - organismo de Estado - disse publicamente que em alguns incidentes recentes nos quais esteve envolvido o FPI (os participantes bloquearam um meeting entre parlamentares), a polícia foi "negligente", acrescentou.

Do mesmo modo, indicou que existem políticos que são contra a declarar o FPI como "organização ilegal".