O Arcebispado de Havana anunciou que cinco detentos políticos serão liberados nos próximos dias e que as gestões para liberar outros 47 concluirão em um período de três a quatro meses.

"Seguindo a continuidade do processo antes mencionado (de diálogo entre a Igreja e o Governo comunista), o cardeal Ortega foi informado que nas próximas horas outros seis prisioneiros serão transladados às suas províncias de residência e que cinco mais serão postos em liberdade e poderão partir em breve para a Espanha em companhia de seus familiares", explicou em um comunicado.

Do mesmo modo, as autoridades comunistas indicaram que "os 47 prisioneiros que restam dos que foram detidos em 2003, serão postos em liberdade e poderão sair do país. Esta gestão será concluída em um período de três a quatro meses a partir deste momento".

Este anúncio foi dado logo depois dos encontros que o Arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Ortega Alamino, sustentou com o Presidente Raúl Castro, o ministro dos Assuntos Exteriores e de Cooperação da Espanha, Miguel Angel Moratinos; e o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla.

Previamente, indicou-se, o Cardeal havia sustenido uma reunião de trabalho conjunta com Moratinos e Rodríguez Parrilla.

O comunicado assinalou que o processo de liberação "tomou em consideração as propostas expressas previamente ao cardeal Ortega pelos familiares dos presos".

Como se recorda, graças ao diálogo que sustentam as autoridades da Igreja com o Governo comunista, obteve-se até o momento "a liberação de um prisioneiro e o traslado de outros doze às suas províncias de residência".