Ao receber os dados de natalidade publicados pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) na Espanha, a Federação Espanhola de Famílias Numerosas (FEFN) assinalou que a estatística evidencia a queda da natalidade que produzirá "em muito pouco uma população envelhecida", por isso chamou o governo a "levar a sério a política familiar" e apostar pela família, "única capaz de dinamizar a economia" em meio da crise.

Assim assinalou a entidade, que representa 1 milhão de famílias, logo depois de observar os dados do INE que indicam, com respeito a 2008, uma queda de 5% na natalidade "sendo a primeira vez em 10 anos que se produz uma queda no número de nascimentos em 2009".

A Presidenta da Federação, Eva Holgado, advertiu que em meio da crise econômica atual "a família é a única capaz de dinamizar a economia, é a que mantém ativa a maquinaria econômica e social, a que consome, a que aporta os futuros trabalhadores e contribuintes, em definitiva, a que mantém viva a sociedade".

"O Governo deve levar a sério esta questão e fazer uma aposta forte e valente para apoiar a família, fomentar a natalidade e respaldar os que já têm filhos", ressaltou.

"Virtualmente, –advertiu– (na Espanha) não há ajudas familiares e as poucas que existem vão desaparecer breve: o cheque-bebê, que desaparecerá em uns meses e a ajuda de 500 euros anuais por filho menor de 5 anos que têm as famílias com rendas baixas".

"A chave –prosseguiu– está em estabelecer ajudas econômicas diretas e medidas de conciliação reais, como as que existem na França, país que está à cabeça da UE em índice de fertilidade (2 filhos por mulher) e que conseguiu recuperar a natalidade mantendo a taxa de ocupação feminina, o que significa que as mulheres não têm que escolher entre trabalho e família, mas podem unir ambas coisas porque contam com o respaldo econômico, social e trabalhista adequado".