Ante o assassinato de Dom Luigi Padovese, Presidente da Conferência Episcopal da Turquia, perpetrado no último 3 de junho, um sacerdote missionário no país assinalou que a morte do Prelado "é uma chamada à unidade da Igreja e dos cristãos".

Em entrevista concedida à agência vaticana Fides, o presbítero, que preferiu permanecer no anonimato por razões de segurança, precisou que o crime contra Dom Padovese "também é uma chamada a fortalecer o espírito ecumênico e trabalhar incansavelmente pela unidade das confissões cristãs".

"Experimentamos uma forte chamada a desenvolver uma prática pastoral sobre o modelo dos que viveram uma fé autêntica em um ambiente muçulmano. Na atual Turquia existe revôo das forças islamistas e nacionalistas que manifesta hostilidade para a Igreja Católica e seus representantes", acrescentou.

O presbítero recordou "as dificuldades que a comunidade cristã está atravessando pela falta de reconhecimento oficial e os obstáculos que ainda existem para o culto" e citou o caso da igreja de São Paulo, em Tarso, cidade que foi transformada pelas autoridades turcas em um museu que "os cristãos só podem visitar pagando uma entrada e se só permite celebrar a Missa reservando-a com dias de antecipação".

"Através da mediação de Dom Padovese –indicou–, a Igreja estava no meio de uma tratativa para a total restituição da igreja à comunidade cristã, mas isto não ocorreu ainda e não sabemos se realmente acontecerá".

"O assassinato de Dom Padovese gerou temor, confusão, incerteza. Mas não percamos a esperança e a confiança na Providência", concluiu.