O presidente de Profissionais pela Ética (PPE) da Região da Catalunha na Espanha, Ramón Novella, assinalou que a educação sexual dos menores deve ser dada pela família, e que a escola pode ser uma colaboradora se responde aos valores dos pais e não aos interesses ideológicos do Governo.

Em referência à nova lei do aborto, que entrará em vigência neste país europeu no dia 5 de julho, Novella indicou que "a educação sexual (que promove esta norma) está ligada a uma proposta ideológica que muitos pais não compartilham".

"Estão impondo um modelo em um âmbito no qual deveria haver liberdade. À parte de que esta proposta de educação sexual não favorece o desenvolvimento positivo das pessoas e as converte em seres infelizes, isso sim completamente manipuláveis", acrescentou.

Por isso, criticou as propostas marcadas pela ideologia de gênero e o relativismo, que querem que os menores acreditem que existe uma "diversidade sexual" como a homossexualidade ou a bissexualidade.

"Parece-me intolerável que na etapa final da infância e na adolescência se fomente este tipo de educação onde o menino ou garota devem expor sua tendência sexual, é aberrante provocar estas situações no âmbito escolar e só é possível entendê-lo se atrás disto existem uns interesses em promover a homossexualidade", expressou.

Novella animou os pais a que se informem bem "e saibam o quê supõe esta educação sexual obrigatória", porque não podem aceitar que do Estado imponha a eles uma concepção que vai contra seus próprios valores.

"Aos pais diria que assumam com maior responsabilidade seu trabalho educativo (…). Encontramo-nos ante uma realidade de urgência educativa onde ninguém pode dizer que isto não me afeta, justamente o contrário, isto nos afeta a todos e devemos nos pronunciar para não deixar-nos impor aquilo que não contribui à felicidade", indicou.