Ao finalizar a Missa na que entregou o Instrumentum Laboris para o Sínodo dos Bispos do Oriente Médio, o Papa Bento XVI recitou o Ângelus com os fiéis do Chipre. Em suas palavras prévias à oração mariana o Santo Padre ressaltou que a Virgem é modelo de esperança confiada em Deus que nunca abandona e que dá as forças para testemunhá-lo ante o mundo.

O Ângelus, disse o Papa, é uma oração que recorda a aceitação da Virgem Maria "do convite para converter-se na mãe de Deus". "Através de seu ‘sim’ a esperança dos tempos se converteu em realidade, Aquele que Israel tinha esperado por muito tempo veio ao mundo, à nossa história. Sobre ele o anjo prometeu que seu reino não teria fim", assinalou.

"Aproximadamente trinta anos mais tarde, quando Maria estava de pé ante a cruz, deve ter sido difícil manter viva a esperança. As forças da escuridão pareciam ter ganhado vantagem. Entretanto, no profundo, Ela deveu ter recordado as palavras do anjo. Inclusive em meio da desolação do Sábado Santo, a certeza da esperança a levou por volta da alegria da manhã de Páscoa".

E do mesmo modo, prosseguiu o Papa, "nós, seus filhos, vivemos na mesma confiada esperança de que o Verbo feito carne no ventre da Maria nunca nos abandonará. Ele, o Filho de Deus e Filho de Maria, fortalece a comunhão que nos une, para que sejamos testemunhas dele e de seu amor que sana e reconcilia".

"Imploremos a Maria nossa Mãe que interceda por todos nós, pelo povo do Chipre e pela Igreja em todo o Oriente Médio ante Cristo, seu Filho, o Príncipe da Paz", concluiu.

Logo depois da oração Mariana, o Santo Padre dirigiu umas palavras em polonês por ocasião da beatificação do sacerdote mártir desse país, Pe. Jerzy Popieluszko: "saúdo cordialmente a Igreja na Polônia que hoje goza com a elevação aos altares do Padre Jerzy Popieluszko. Seu zeloso serviço e seu martírio são um signo especial da vitória do bem sobre o mal. Que seu exemplo e sua intercessão nutram o zelo dos sacerdotes e que acenda nos fiéis o amor".