O Arcebispo de Tunja e Ex-presidente da Conferência Episcopal da Colômbia, Dom Luis Augusto Castro, deplorou as acusações de um líder militar retirado contra a memória de Dom Isaías Duarte Cancino, o querido Arcebispo do Cali assassinado no ano 2002.

Em declarações à RCBN Radio, Dom Castro considerou que o general (r.) Rito Alejo del Rio só quer "desviar a atenção da justiça que o investiga e enlodar o nome de quem trabalhou pela paz em uma das regiões mais complicadas da Colômbia".

Durante o juízo que lhe segue pelo assassinato de um líder camponês, o general argüiu que Dom Duarte foi assassinado pela guerrilha por ter recebido terras dos paramilitares.

"Monsenhor Duarte recebeu umas terras dos paramilitares, mas com permissão do governo de então, e logo as repartiu com escrituras entre as vítimas deslocadas de Urabá", esclareceu Dom Castro.

O Arcebispo também recordou que segundo o que a justiça provou, "Dom Duarte não foi assassinado pela guerrilha mas pelos narcotraficantes dos pôsteres do norte do Vale".

Do mesmo modo, recordou que "me correspondeu, como presidente da Conferência Episcopal, avisar Monsenhor Isaías Duarte Cancino sobre as ameaças que havia contra ele".

Dom Duarte foi assassinado a tiros em 16 de março de 2002 ao sair de uma cerimônia religiosa em um bairro popular do Cali.