Representantes de organismos internacionais e ONGs se reuniram em Lima, capital do Peru com os Ministros de Saúde e da Mulher deste país durante a chamada "Conferência de Mulheres Líderes: Pela vida das Mulheres", uma entrevista organizada pelo Grupo de Trabalho Regional para a Redução da Mortalidade Materna (GTR) que insiste em promover o aborto e a anticoncepção da região.

Enquanto os organizadores anunciaram que o objetivo principal da entrevista é "posicionar a saúde materna como prioridade política regional" e combater a mortalidade materna, o diretor para a América Latina do Population Research Institute, Carlos Pólo, explicou que o GTR só repete fórmulas fracassadas.

"O GTR não é outra coisa que uma cara mais do mesmo grupo de organizações internacionais que levam 40 anos promovendo os anticoncepcionais na América Latina. O UNFPA, Population Council, a OPS e demais sócios nos disseram que o acesso massivo aos métodos anticoncepcionais ia eliminar as gravidezes adolescentes, os filhos fora do matrimônio e os abortos clandestinos. Eles vêm repetindo desde a década de 70 que seu modelo nos levaria à estabilidade matrimonial e familiar, a eliminar os lares pobres e em geral ao desenvolvimento da América Latina. E nada disso aconteceu senão justamente o contrário", sustenta Pólo.

Segundo o analista, o GTR "postula que esta mesma receita fracassada de anticoncepção e aborto diminuirá a morte materna" e isso implica "ignorar completamente as causas atuais de mortalidade materna na América Latina, onde quase 80% das mortes maternas ocorrem pelas condições deficientes de atenção do parto que provocam hemorragias e infecções".

Do mesmo modo, assinalou que estas entrevistas ignoram "como os países desenvolvidos diminuíram a mortalidade materna. Por exemplo os Estados Unidos levou as taxas de mortalidade materna a níveis mínimos na década de 60´s simplesmente por melhorar as condições do parto. Nem existiam as pílulas anticoncepcionais nem se legalizou o aborto".

"A receita que funcionou historicamente é o treinamento ao pessoal de saúde e equipamento de instalações para atender as mulheres antes e depois do parto, antibióticos, transfusões de sangue, etc. O GTR pretende hoje falar de saúde materna mas despacha as mulheres com sua caixa de pílulas ou preservativos", concluiu.