As autoridades dos hospitais do Distrito Federal, especialmente naqueles onde praticam abortos, obstaculizam e até impedem o trabalho de sacerdotes, diáconos e voluntários que brindam acompanhamento espiritual aos doentes, conforme denunciou o diretor da Pastoral da Saúde da Arquidiocese do México.

O Padre José Pedro Velázquez Figueroa explicou que desde que se permite o aborto até as 12 semanas de gestação, nos hospitais onde se realiza esta prática "não querem ver os sacerdotes".

O sacerdote afirmou que se realizaram vários acordos com as autoridades hospitalares, mas estes se quebram e são esquecidos de maneira reiterada.

"Desde a mais alta autoridade até o policial que cuida a porta de entrada quer impedir que os sacerdotes cumpram com nossa tarefa de brindar apoio espiritual aos doentes", adicionou.

Em fevereiro do ano passado o Cardeal Norberto Rivera fez pública sua preocupação por esta situação e o Governo do Distrito Federal reagiu naquele momento. Entretanto, indicou que este problema não foi superado, principalmente em clínicas do Instituto Mexicano de Segurança Social (IMSS).

O sacerdote expressou que esta situação viola os direitos humanos dos pacientes que estão internados nestes centros hospitalares.

Os serviços espirituais em hospitais não só contemplam a celebração periódica de Missas, mas também a atenção ao sacramento da Reconciliação, o sacramento da Unção dos Enfermos, o sacramento da Eucaristia e a assistência dos viáticos.