Ao receber esta manhã as cartas créditos do novo embaixador da Mongólia ante a Santa Sé, Luvsantersen Orgil, o Papa Bento XVI explicou que a religião e a cultura "servem naturalmente de incentivos para o diálogo e a cooperação entre os povos ao serviço da paz e do desenvolvimento genuínos".

Em seu discurso o Papa manifestou sua confiança em que os alcances conseguidos pela nação –que celebra o vigésimo aniversário da instauração da democracia–, "frutifiquem na consolidação de uma ordem social que promova o bem comum e as esperanças de um futuro melhor dos cidadãos".

Seguidamente expressou sua solidariedade à população afetada pelos rigores do inverno e as inundações do ano passado, e sublinhou que "os temas ambientais, sobre tudo os relacionados com a mudança climática, são argumentos mundiais e portanto devem ser confrontados em âmbito global".
 
Depois, referindo-se ao estabelecimento das relações diplomáticas entre a Mongólia e a Santa Sé depois das grandes mudanças políticas e sociais que experimentou o país há vinte anos, afirmou que eram "um sinal do compromisso dessa nação em um enriquecedor intercâmbio dentro de uma comunidade internacional mais vasta. A religião e a cultura, como expressões inter-relacionadas das aspirações mais profundas de nossa humanidade, servem naturalmente de incentivos para o diálogo e a cooperação entre os povos ao serviço da paz e o desenvolvimento genuínos".

Bento XVI expressou sua avaliação "pelo constante apoio do governo à garantia da liberdade religiosa. O estabelecimento de uma comissão encarregada da correta aplicação da lei e o amparo dos direitos de consciência e do livre exercício da religião dá prova da importância dos grupos religiosos na malha social e de seu potencial para promover um futuro de harmonia e prosperidade".

"A primeira missão da Igreja é anunciar o Evangelho de Jesus Cristo", disse Bento XVI. "Em fidelidade à mensagem liberadora do Evangelho, quer contribuir também ao progresso de toda a comunidade. Nisso se inspiram os esforços da comunidade católica na hora de cooperar com o governo e com as pessoas de boa vontade para superar todo tipo de problemas sociais".

Finalmente o Santo Padre disse: "a Igreja se preocupa também por realizar o papel que a Ela corresponde na tarefa da formação humana e intelectual, sobre tudo na educação dos jovens aos valores do respeito, da solidariedade e do interesse pelos menos afortunados. Dessa forma se esforça por servir o Senhor, mostrando sua atenção caridosa pelos necessitados e pelo bem de toda a família humana".