O Arcebispado de Bucareste na Romênia expressou ontem seu desacordo e preocupação pela decisão tomada pelo Governo de suspender a atribuição familiar de 140 euros destinada aos recém-nascidos. Esta decisão, em um dos países da Europa onde se realiza a maior quantidade de abortos, constitui uma medida que "poderia comprometer o frágil equilibro das famílias".

No texto assinado pelo porta-voz da arquidiocese, Pe. Jerome James, destaca-se que a medida poderia ocasionar que "muitos casais reconsiderem o fato de acolher uma nova vida".

O documento também é afiançado pela associação de famílias católicas romenas Vladimir Chika, que se declara "em grande desacordo com o Presidente Traian Basescu por sua falta de consideração mostrada pelos recém-nascidos e suas famílias".

Esta organização recorda que "a população na Romênia atravessa uma fase alarmante de descenso e, em ausência de uma política coerente para alentar e sustentar os novos nascimentos, o país está destinado a sofrer as graves conseqüências no plano econômico e social devido ao envelhecimento da população e pela falta de postos de trabalho".