Em seu discurso de bênção das tochas e velas na esplanada do Santuário da Fátima, o Papa Bento XVI ressaltou que a “a prioridade que está acima de todas é tornar Deus presente neste mundo e abrir aos homens o acesso a Deus”, tal como Maria o fez ao testemunhar a todos a luz de seu Filho, o Senhor Jesus.

Observando os presentes com suas velas acesas, o Santo Padre recordou que a luz de Deus não é própria dos homens, e sim um dom de Deus que Moisés viu na sarça ardente e Santa Maria testemunhou com sua vida.

Seguidamente o Papa alentou os fiéis a imitarem a Mãe de Deus “fazendo ressoar em nossa vida o seu «faça-se»! A Moisés, Deus ordenara: «Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é terra sagrada» (Ex 3, 5). E ele assim fez; calçará de novo as sandálias, para ir libertar o seu povo da escravidão do Egito e conduzi-lo à terra prometida. Não se trata simplesmente da posse dum pedaço de terreno ou dum território nacional que cada povo tem o direito de ter”.

Logo depois de ressaltar a necessidade de contar com lugares para o culto, o Santo Padre advertiu que “no nosso tempo em que a fé, em vastas zonas da terra, corre o perigo de apagar-se como uma chama que já não recebe alimento, a prioridade que está acima de todas é tornar Deus presente neste mundo e abrir aos homens o acesso a Deus”.

“Não a um deus qualquer, mas àquele Deus que falou no Sinai; àquele Deus cujo rosto reconhecemos no amor levado até ao extremo em Jesus Cristo crucificado e ressuscitado. Queridos irmãos e irmãs, adorai Cristo Senhor em vossos corações!”, precisou.

Seguidamente o Papa alentou: “Não tenhais medo de falar de Deus e de ostentar sem vergonha os sinais da fé, fazendo resplandecer aos olhos dos vossos contemporâneos a luz de Cristo, tal como a Igreja canta na noite da Vigília Pascal que gera a humanidade como família de Deus”.

Logo depois de recordar o impressionante testemunho dos três pastores que viram a Virgem da Fátima, Bento XVI recordou que a importância fundamental do Terço: “Ao meditar os mistérios gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos ao longo das «Ave Marias», contemplamos todo o mistério de Jesus, desde a Encarnação até à Cruz e à glória da Ressurreição; contemplamos a participação íntima de Maria neste mistério e a nossa vida em Cristo hoje, também ela tecida de momentos de alegria e de dor, de sombras e de luz, de trepidação e de esperança”.

O Papa Bento XVI disse logo: “Sinto que me acompanham a devoção e o afeto dos fiéis aqui reunidos e do mundo inteiro. Trago comigo as preocupações e as esperanças deste nosso tempo e as dores da humanidade ferida, os problemas do mundo e venho colocá-los aos pés de Nossa Senhora de Fátima”.

“Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe querida, intercedei por nós junto de vosso Filho para que todas as famílias dos povos, quer as que se distinguem pelo nome cristão quer as que ainda ignoram o seu Salvador, vivam em paz e concórdia até se reunirem finalmente num só povo de Deus, para glória da santíssima e indivisível Trindade. Amen”, concluiu o Pontífice.

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