O Serviço à Vida do Movimento Fundar advertiu que permitir que casais homossexuais adotem crianças suportará mudanças insuspeitadas na vida dos menores, além de "uma redefinição da paternidade e a maternidade, convertidas em puro desejo e ‘vontade subjetiva’ sem nenhum parâmetro objetivo".

"A infância é uma etapa decisiva da vida, onde se forja a personalidade. A privação da riqueza que significam um pai e uma mãe suporta um gravíssimo dano para as crianças, com fundas conseqüências em nível pessoal, familiar e social. A infância não pode ser objeto de experimentos sociais", advertiu, ao referir-se aos projetos de lei que procurariam dar aos casais do mesmo sexo a possibilidade de "ter descendência" por via artificial ou através da adoção.

Depois de advertir que a modificação do Código Civil propõe uma mudança na definição de matrimônio e da paternidade, o Serviço à Vida recordou que no caso da adoção, sua finalidade está "em função do interesse superior da criança" e não "dos desejos de duas pessoas do mesmo sexo"; porque "se priva a criança da riqueza e complementaridade da diversidade sexual em sua criação e educação, ao ter que viver em um lar formado por dois varões ou duas mulheres".

Do mesmo modo, advertiu que a procriação artificial "suporta uma desumanização do ato de transmissão da vida", pois se fabrica um filho "para satisfazer uma ‘vontade de procriação’ cindida totalmente dos pressupostos biológicos da união sexual entre homem e mulher".

"As pessoas do mesmo sexo não poderiam ser jamais os ‘pais’ de tais filhos concebidos pelas técnicas de procriação artificial, pois faltaria o elo biológico, ao menos com um deles", acrescentou.

"De fundo se adverte uma redefinição da paternidade e a maternidade, convertidas em puro desejo e "vontade subjetiva" sem nenhum parâmetro objetivo. Transtornam-se gravemente as relações fundamentais da personalidade, como são a maternidade-paternidade-filiação, e irrompe um poder de domínio das pessoas sobre a nova vida humana, que é manipulada em função da própria satisfação", advertiu.