O tribunal de Rossano (no sul da Itália) está investigando o caso de um bebê que foi abandonado pelos médicos neste fim de semana após sobreviver ao aborto ao qual foi submetida sua mãe porque o pequeno ia nascer com uma deficiência física.

Conforme informou a associação pró-vida italiana "Movimento per la Vita" na sua página web, o bebê de 22 semanas, não recebeu assistência médica até que o capelão do hospital de Rossano, Pe. Antonio Martello, encontrou-o ainda com vida horas depois do aborto.

Rapidamente, foi transladado ao hospital Annunziata de Cosenza, onde os médicos buscaram estabilizar suas condições de vida. Entretanto, o bebê morreu horas depois, na madrugada do domingo para a segunda-feira.

Depois de conhecer os fatos, o Tribunal de Rossano decidiu inscrever alguns membros da equipe médica no registro dos investigados. A hipótese é de "homicídio voluntário" já que "não se pode excluir o eventual dolo ou a indiferença em relação às possibilidades de sobrevivência" do bebê, declarou o fiscal Leonardo Leone De Castris, conforme recolhem os meios italianos.

Por sua parte, o presidente do Movimento per la Vita, Carlo Casini, denunciou que este "não é o primeiro caso de sobrevivência a um aborto". "Espero que, ao menos, o recém-nascido conte com a dignidade de ser inscrito no registro civil como menino nascido", manifestou.