O coordenador do Movimento Cristão Liberação (MCL), Oswaldo Payá Sardiñas, transmitiu aos deputados do Parlamento Europeu seu agradecimento pela resolução de 11 de março, que advoga pelo respeito dos direitos humanos dos cubanos e pela liberação dos detentos políticos.

Em um comunicado assinado em 12 de abril, Payá indicou que "o povo de Cuba não tem a informação verdadeira sobre o conteúdo dessa resolução, que o Governo cubano qualifica como uma agressão da União Européia contra Cuba".

"Em realidade –indicou o líder dissidente-, o conteúdo de tal resolução é uma expressão de solidariedade com o povo de Cuba e de respeito à sua auto-determinação pois advoga pelo respeito aos direitos que correspondem aos cubanos como seres e humanos e pela liberação dos que estão na prisão por defenderem esses direitos".

O líder do MCL recordou que os preso de consciência foram condenados em julgamentos falsos e sumários.

Sobre o caso de Orlando Zapata Tamayo, morto logo depois de uma prolongada greve de fome, disse que os próprios médicos, designados pelo Governo comunista, informaram que só puderam prestar assistência a este prisioneiro aos 48 dias de greve. "Enquanto isso este prisioneiro esteve em cela de castigo nas condições mais desumanas e degradantes", indicou.

Payá agradeceu "a solidariedade do Parlamento Europeu e dos povos da União Européia com o povo cubano que deseja mudanças pacíficas para a democracia".