La Valleta, 19 de abr de 2010 às 14:00
O Papa Bento XVI se reuniu no meio-dia de ontem com oito vítimas de abusos sexuais cometidos por membros do clero em Malta, pouco depois da Eucaristia que o Santo Padre presidiu na Praça dos Celeiros em Floriana. O Pontífice os escutou, compartilhou sua dor e rezou com eles assegurando- lhes que a Igreja Católica trabalha para "proteger as pessoas jovens no futuro".
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sede, Pe. Federico Lombardi, deu a conhecer uma nota em que se destaca que "este domingo 18 de abril de 2010, na Nunciatura Apostólica em Malta, o Santo Padre se encontrou com um pequeno grupo de pessoas (oito) que foram abusadas sexualmente por membros do clero".
O Pe. Lombardi assinala na nota que o Papa Bento XVI "estava profundamente comovido por suas histórias e expressou sua vergonha e pena às vítimas e suas famílias que sofreram".
O Papa "orou com elas e as assegurou de que a Igreja trabalha, e seguirá fazendo tudo o que está em suas mãos para investigar as alegações, para levar justiça aos responsáveis por abusos assim como implementar medidas efetivas desenhadas para proteger os jovens no futuro".
"No espírito da recente Carta aos Católicos da Irlanda, rezou para que todas as vítimas de abuso experimentem a cura e a reconciliação, permitindo-lhes avançar para uma renovada esperança", conclui a declaração.
Bento XVI conversou com cada uma das oito pessoas com as que se encontrou. O Pe. Lombardi comentou que este encontro se realizou em um ambiente de "serenidade e sem tensão". Todas expressaram sua satisfação depois da reunião em uma roda de imprensa realizada em um convento de religiosas dominicanas em Attard.
Uma das vítimas, de 37 anos de idade, manifestou que depois da reunião com o Santo Padre ele tirou "um grande peso de cima". "junto com meus amigos demos as graças ao Papa, foi um pesadelo que nos turvou durante anos", acrescentou.
Esta é a terceira vez que o Papa Bento XVI, em coerência com o que escreveu em sua carta aos católicos da Irlanda na qual expressa sua vontade de reunir-se com vítimas de abuso, sustenta um encontro deste tipo no qual expressa sua especial proximidade e reza com pessoas vítimas destes deploráveis fatos. Já o fez antes nos Estados Unidos e Austrália.