Com uma proposta para que os casais que desejam contrair matrimônio tenham previamente um período de seis meses de formação obrigatória, culminou em Roma um seminário internacional de estudo organizado pelo Pontifício Conselho para a Família, no qual participaram diversas organizações pró-vida dos cinco continentes, realizado na capital italiana.

Além do vade-mécum para a preparação para o sacramento do matrimônio, este dicastério está considerando esta proposta. Uma das autoridades do Pontifício Conselho, o franciscano Gianfranco Grieco, assinala a respeito que "o direito a contrair matrimônio é um direito natural mas deveria ser regulamentado. Esta formação serviria para avaliar se o casal adquiriu a necessária maturidade".

Se for aceita esta proposta, a exigência destes seis meses de formação obrigatória seria feita através de uma emenda ao código de direito Canônico, explica a nota do L’Osservatore Romano.

Outro tema importante deste seminário foi o da defesa da vida desde a concepção até a morte natural.

A respeito disto, o Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Cardeal Ennio Antonelli, assegurou que "em nome da liberdade de todos, do pluralismo cultural e da subsidiariedade social, é necessário reivindicar firmemente, já seja para as pessoas ou as instituições, o direito à objeção de consciência contra o aborto e a eutanásia, direito que ainda não é reconhecido em muitos países".

Depois de exortar as organizações pró-vida a não deixar de dizer sempre "sim" a este direito fundamental do homem, o Cardeal explicou que contra o mal do aborto "é necessário promover o apoio à maternidade, em nome não só da vida, mas também do direito da mulher a uma efetiva liberdade de opção".