O coordenador do Movimento Cristão Liberação (MCL), Oswaldo Payá Sardiñas, dirigiu uma carta ao fundador do Sindicato Solidariedade e Ex-presidente da Polônia, Lech Walesa, na qual transmitiu- lhe que a cultura do medo procura afogar o povo cubano para que não reclame seus direitos.

"Você conhece bem como a cultura do medo tenta afogar os povos para que não reclamem seus direitos. Vocês quebraram essa barreira. Nosso povo sofre o regime totalitário mas também foi sepultado em uma nuvem de mentira que até muitos no mundo dizem acreditar", escreveu o líder do MCL.

A carta foi enviada com motivo do próximo encontro entre Walesa e os dissidentes cubanos Raúl Rivero, Blanca Reis e Carlos Alberto Payá. "Sempre estaremos agradecidos a você e ao povo polonês por esse exemplo que nos inspira", afirmou.

No texto, Payá denuncia que "a nenhum povo como o nosso foi questionado o seu direito aos direitos" e que "os cubanos jamais escolheram o regime comunista porque jamais escolhemos viver sem liberdade. Nosso movimento impulsiona mais que nunca o projeto Varela para reclamar os direitos dos cubanos".

O líder do MCL reafirmou que os cubanos querem mudanças e isso significa "direitos para todos, liberdade plena e reconciliação nacional".

"Por essas mudanças lutamos pacificamente e por lutar por essas mudanças é que muitos cubanos irmãos nossos estão até mesmo na prisão em condições desumanas. A prisão desses cubanos pacíficos é o sinal da prisão que sofre todo o povo cubano, por isso as mudanças em Cuba só serão verdadeiras e justas se liberarem todos os prisioneiros políticos", indicou.