A presidenta Cristina Fernández Kirchner recebeu esta quarta-feira na Casa Rosada, à Comissão Executiva da Conferência Episcopal Argentina, que preside o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, Arcebispo de Buenos Aires. Na reunião lhe entregaram a declaração "A Pátria é um dom, a Nação uma tarefa" que se deu a conhecer há uma semana depois da reunião da comissão permanente da Conferência Episcopal Argentina.

O primado argentino esteve acompanhado dos arcebispos Luis Villalba e José María Arancedo, Primeiro e segundo vice-presidentes, respectivamente, e o porta-voz episcopal, Pe. Jorge Oesterheld.

Na reunião também participaram o chefe de Gabinete, Aníbal Fernández; o ministro do Interior, Florencio Randazzo; o chanceler Jorge Taiana; e o secretário de Culto, Guillermo Oliveri.

No texto que os bispos entregaram à mandatária, urge-se a "recrear as condições políticas e institucionais que permitam superar o estado de confrontação permanente" e pedem "uma atitude de grandeza de parte de todos os argentinos, em particular de seus dirigentes".

"A celebração do Bicentenário merece um clima social e espiritual distinto ao que estamos vivendo. Urge recrear as condições políticas e institucionais que nos permitam superar o estado de confrontação permanente que aprofunda nossos males", sublinhavam no texto de cinco pontos.

Depois da reunião com a primeira mandatária, os bispos se dirigiram ao Senado da Nação, onde foram recebidos pelo presidente dessa Câmara e vice-presidente da República, Julio Cobos.

Em declarações à imprensa, o porta-voz episcopal, Pe. Oesterheld, destacou a importância de que a Igreja tenha sido recebida pelos três poderes" e qualificou de "muito boa" a reunião com o vice-presidente.

Conforme indicou, os bispos fizeram chegar ao vice-presidente a postura da Igreja na Argentina a favor de pôr todo o esforço possível para a construção da paz, e disse ademais que coincidiram com o vice-presidente na preocupação pela juventude ante a falta de trabalho e pela situação da educação.