Nancy Freundt, Coordenadora general da área pró-vida do Centro de Promoção Familiar e Regulação Natural da Fertilidade no Peru (CEPROFARENA) advertiu que o ministro da saúde do Peru, Oscar Ugarte, ao decidir distribuir a pílula do dia seguinte, não só põe em perigo a vida do não-nascido mas também a da mulher, pois ao ser uma “bomba hormonal” fere a mulher e “pode inclusive causar sua morte”.

Em entrevista concedida à agência ACI Prensa, Freundt advertiu que o ministro Ugarte “está ocultando o fato de que essa pílula pode inclusive causar a morte, porque se sabe de pessoas que morreram, hemorragias intensas, porque é um bomba hormonal que se coloca na mulher. Essa bomba fere a mulher” ao ser um fármaco que contém entre 50 e 70 vezes a dose de uma só pastilha anticoncepcional regular.

Entretanto, alerta, “o ministro se atreve a dizer que o Dia Internacional da mulher, o melhor presente para a mulher é que se distribua essa pílula, quando de verdade a está matando. Aqui há um grande engano e um grande negócio. Isso também está comprovado”.

Referindo-se à afirmação de que neste assunto da pílula do dia seguinte há um “grande negócio”, Freundt afirma que “o mesmo ministro diz: ‘portanto temos que fazer uma compra massiva destas pílulas para poder repartir a todos os postos médicos e demais’. Ao falar de compra estamos falando de muitíssimo dinheiro. Há um interesse econômico no meio. Isso cai por seu próprio peso. Não há pior cego que o que não quer ver”.

Esta líder pro-vida reiterou, como já fizeram muitos outros, que com esta decisão o ministro Ugarte “está em uma atitude de desacato” à sentença de 2009 do Tribunal Constitucional (TC) que proíbe a pílula do dia seguinte. “O TC apoiando-se na constituição do Peru e nas provas tão científicas, médicas, enfim, afirmou claramente que a pílula pode ser abortiva e portanto proibiram sua distribuição no Peru”, explicou.

Seguidamente assinalou que “o ministro pode fazer politicamente o que quiser, mas juridicamente não pode, então ele está se expondo a um processo penal. Já o que o TC fez é uma coisa julgada”.

Depois de advertir que a OMS e a ONU promovem o aborto em todo o mundo, Freundt ressaltou que estas organizações são “entes políticos que estão ao serviço de um pequeno grupo de poder com interesses ideológicos e econômicos, nada mais. Então o ministro faz mal ao fazer referência a isso, porque não é um poder supranacional que esteja por cima da constituição do Peru”.