Ramón Novella, presidente do grupo Profissionais pela Ética (PPE) na região da Catalunha, na Espanha, denunciou a campanha "Com o futuro não se brinca", do departamento de Ação Social e Cidadania do governo local, os colégios de farmacêuticos e a empresa Durex, para promover o preservativo entre os jovens sem importar sua idade.

É "um novo meio para doutrinar os jovens e, no caso dos menores, quer suplantar o papel educativo fundamental da família, na mesma linha de outras iniciativas, como são a implantação da Educação para a Cidadania ou as medidas educativas previstas na nova Lei do aborto", advertiu Novella.

Nesse sentido, recordou que todas as campanhas, programas e planos de "educação" sexual do Governo catalão só serviram para "promover a promiscuidade e a irresponsabilidade entre os adolescentes e jovens", provocando um aumento das gravidezes, abortos e enfermidades de transmissão sexual, tal como reconhece o próprio Governo Local.

O presidente do PPE perguntou se o governo catalão "assumirá a responsabilidade pelas gravidezes e enfermidades de transmissão sexual que se produzam como conseqüência da utilização incorreta ou os defeitos de fabricação dos métodos anticoncepcionais que recomenda".

Finalmente criticou que se usem os recursos públicos para dar "publicidade gratuita" a uma empresa concreta do setor. "Há algum interesse econômico ou pessoal dos cargos públicos que adotaram esta decisão?", perguntou.

PPE indicou que "no anúncio oficial da campanha se informa que estas atuações se somam a outros programas que realiza o departamento de Ação Social, como agora o programa Pack Escole que oferece oficinas de sexualidade nas escolas".

"Estas ações se unem à informação que se distribui através dos Pontos de Informação Juvenil existentes ao longo da Catalunha e a campanhas de difusão de material como a distribuição de 14.000 camisinhas durante o Dia Mundial da AIDS", assinalou.