Cáritas Internationalis chama os governos e à comunidade internacional a proteger da exploração as imigrantes que trabalham em lares como empregadas domésticas, babás ou fornecedoras de saúde para anciãos e deficientes físicos.

As trabalhadoras domésticas revistam ser mulheres, e freqüentemente sofrem o flagelo do tráfico de pessoas. O abuso é difícil de detectar pois os lugares de trabalho são lares privados. Cáritas pede à comunidade internacional que os trabalhadores domésticos tenham o mesmo amparo legal no lugar de trabalho como qualquer outro empregado.

"Além do risco de abuso, os trabalhadores domésticos não costumam ter seguro social, por isso podem ser submetidos a excesso de trabalho ou a maus pagamentos", assinala Martina Liebsch, Diretora de Políticas da Cáritas Internationalis.

"Muitos temem as represálias de seus empregadores se levam queixas às autoridades, e por isso continuam vivendo como escravos modernos", prossegue.

A Organização Trabalhista Internacional está considerando fazer uma convenção em junho de 2010, com o fim de proteger os direitos dos trabalhadores domésticos.

Cáritas solicita um mecanismo de compensação para os trabalhadores domésticos migrantes que não dependa de seu estado legal.

Do mesmo modo, a Cáritas reconhece o aumento na demanda destes trabalhadores imigrantes em grande parte ilegais, e por isso solicita aos governos que criem um visto para permitir a imigração àquelas pessoas que desejem abandonar seus países.