Ante os recentes assassinatos de cristãos na cidade de Mosul por parte de extremistas muçulmanos, o Núncio Apostólico no Iraque, Dom Francis Assisi Chullikat, assinalou que "toda tentativa de diminuir a presença cristã ou de destruir a presença de cristãos no Iraque quer dizer destruir a própria história da nação iraquiana", dado que esta comunidade está presente no país há dois mil anos.

Em declarações à Rádio Vaticano, o Prelado indicou que os cristãos desejam ser parte da reconstrução do país e têm "uma contribuição importante que querem desenvolver plenamente" e que é necessário "para o futuro do país" aonde são fundamentais "a prosperidade e a paz da população iraquiano".

"Neste sentido –acrescentou– queria que as autoridades locais, possivelmente também a comunidade internacional, possam dar seu apoio aos cristãos iraquianos para que vivam em tranqüilidade sua vida no Iraque e possam professar sua fé com toda segurança".

Depois de comentar que nos últimos dias recebeu uma delegação de muçulmanos sunitas e xiitas para expressar sua solidariedade depois dos assassinatos de cristãos em Mosul, o Núncio disse que "os cristãos certamente são promotores da paz e a reconciliação no Iraque, e este rol é importante que o realizem e é apreciado também pelo governo".

Além disso, continuou o Arcebispo, "nestes momentos difíceis parece que as autoridades locais não conseguem controlar a violência contra a população iraquiano. Mas isto não quer dizer que os cristãos não seguirão em seus esforços por promover a reconciliação na população iraquiana, continuando sempre, porque isto faz parte da vocação da própria Igreja no Iraque".