A porta-voz de “Direito a Viver” (DAV), Gádor Joya, deu a conhecer que a plataforma apresentou hoje ante o Senado uma petição para que o senador do PSOE, Roberto Lertxundi Barañano, fundador e presidente da Clínica Euskalduna, “a maior clínica de abortos do País Basco”, não participe da votação da próxima quarta-feira sobre o projeto de lei do aborto, já que é “eticamente inaceitável que um empresário do aborto possa decidir sobre o futuro de seu negócio”.

“Direito a Viver” apresentou a primeira hora no Registro do Senado uma solicitude ao amparo do “Direito de Petição”, reconhecido nos artigos 29 e 77 da Constituição par impedir, “por todos os meios legais ao nosso alcance” e “por respeito à independência da democracia espanhola”, o voto do senador Lertxundi.

“O voto de Lertxundi –explicou Joya– beneficiário pessoal da lei através de seu negócio abortista, pode resultar decisivo para impor uma lei que estabelecerá o aborto indiscriminado e produzirá maiores ganhos à indústria abortista da qual o senador socialista é um de seus expoentes mais prósperos na Espanha”.

“É aberrante a mera possibilidade de que alguém que se enriquece com o aborto tenha em suas mãos o poder de decidir sobre a vida de centenas de milhares de seres humanos e a saúde das mulheres, nada menos que na Câmara da soberania nacional. O sistema parlamentar espanhol não merece cair tão baixo. Se ao PSOE resta um pouco de decência neste assunto, deve pedir a seu senador e empresário do aborto que não participe da votação da próxima quarta-feira”, sublinhou Joya.

A líder pró-vida advertiu além do fato que “esta lei foi feita para satisfazer a indústria abortista, para dar um cheque em branco à sua violência contra a vida humana e contra as mulheres. É evidente que os empresários do aborto estiveram em todo o processo, primeiro no Comitê Aído e logo na subcomissão parlamentaria, e é evidente que agora pretendem ser decisivos por meio de seu peão no Senado, o senhor Lertxundi”.

Roberto Lertxundi Barañano é licenciado em medicina e Cirurgia pela Universidade do País Basco em 1976. Conforme se indica na página Web da Clínica Euskalduna, preside este centro abortista desde sua inauguração em 1992. Do mesmo modo, é presidente da Sociedade Basca de Contracepção desde 1995, diretor da Sociedade Espanhola de Contracepção e presidente do Comitê Organizador do VII Congresso Nacional da mesma.