Um chamado a olhar o fenômeno da migração como uma oportunidade para procurar o desenvolvimento humano, foi uma das conclusões à qual chegou o 6° Congresso Mundial da Pastoral para os emigrantes e os refugiados, cujo documento final foi apresentado recentemente.

Segundo a agência vaticana Fides, o documento indicou que a migração é um fenômeno "de todos os tempos" cuja "extensão e suas dimensões aumentaram dramaticamente e o seguirá fazendo no futuro próximo".

Por isso, acrescentou, "é também um convite a imaginar um futuro diferente, que persiga o desenvolvimento do gênero humano em sua totalidade, incluindo a cada ser humano com seu potencial espiritual e cultural e sua contribuição a um mundo mais eqüitativo, marcado pela solidariedade mundial e o pleno respeito da dignidade humana e da vida".

Nas conclusões se denunciou os abusos que sofrem os migrantes, o tráfico de pessoas, o contrabando, os seqüestros e as novas formas de escravidão. Também advertiu que "as questões de segurança e o medo social podem facilmente conduzir a um incremento da discriminação, da xenofobia e do racismo e inclusive a criminalização do migrante".

Os participantes no congresso recordaram que a migração se dá tanto por desequilíbrios demográficos e econômicos, maus governos, conflitos, falta de liberdade, pobreza, desastres ambientais, mas também pela esperança de melhorar o nível de vida.

Com respeito à missão da Igreja, o texto indicou que se trata de "um assunto pastoral prioritária" e que "a solidariedade é o primeiro passo para um compartilhar os valores religiosos entre as comunidades locais e migrantes. Isto poderia levar a evangelização ou ao renascer da fé daqueles que se secularizaram", além disso a migração constitui "uma oportunidade ecumênica importante".

O 6° Congresso Mundial da Pastoral para os emigrantes e os Refugiados, teve lugar entre os dias 9 e 12 de novembro de 2009 no Vaticano e participaram 320 delegados de todos os continentes.