O Presidente da Conferência Episcopal Mexicana (CEM), Dom Carlos Aguiar Retes, assinalou que o Estado laico "é algo que já vivemos há mais de um século e meio" por isso indicou que com a recente aprovação da reforma do artigo 40 da Constituição o que na verdade se busca é recortar "a liberdade religiosa dos cidadãos".

O também Arcebispo de Tlalnepantla indicou que "estas modificações simplesmente confirmam algo que já estamos habituados a viver. O Estado laico está firmemente consolidado faz tempo que"..
"Ninguém discute a conveniente e saudável separação das esferas próprias da Igreja e o Estado. O que menos procuram é defender ao Estado laico, e sim demarcar a liberdade religiosa dos cidadãos", ressaltou.

Do mesmo modo, ao referir-se à ação de inconstitucionalidade do "matrimônio" homossexual que apresentou a Procuradoria Geral da República ante a Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN), o Prelado qualificou a atitude como "oportuna" e assinalou que a Arquidiocese do México espera "que a Corte sentencie a favor da inconformidade".

Por sua parte, o presidente da Confraternidade Nacional das Igrejas Cristãs Evangélicas (Confraternice), Arturo Farela, remarcou que "as Igrejas são parte da Constituição do México, somos parte da engrenagem que contribui ao desenvolvimento do país mas os legisladores estão enviando uma idéia equivocada à opinião pública, pois laicidade não significa anti-religiosidade, mas tolerância, liberdade de expressão e pluralidade".