O porta-voz da Arquidiocese de Chihuahua, Gustavo Sánchez Prieto, disse que frente à recém aprovada laicidade do Estado, os fiéis "não temos nenhum interesse em que se declare o México como um país católico" mas sim que se respeite a liberdade religiosa.

"Como católicos e como mexicanos, não temos nenhum interesse em que se declare o México como um país católico, basta-nos com o respeito à liberdade religiosa, haja a liberdade de expressão dos católicos, como terão direito à expressão as demais convicções religiosas", expressou.

Sánchez Prieto insistiu no respeito à liberdade da Igreja para cumprir com sua missão, e assinalou que não se pode tomar como "laico" um rechaço à religião, porque em realidade este término significa "mera e simplesmente que não é um Estado confessional, não se identifica com uma determinada crença religiosa".

Do mesmo modo, ao referir-se aos festejos do Bicentenário e o papel histórico da Igreja, o porta-voz disse que se trata de uma oportunidade para fazer justiça e dar-lhe o espaço real que merece.

Sánchez Prieto disse que não se pode negar "que a Igreja ao longo da história foi um protagonista político, seja tanto na hierarquia ou na participação dos leigos. Hoje em dia, depois do ensino do Concílio Vaticano II, sublinha-se com muita força que o campo da política é campo próprio dos leigos, porque a Igreja como Igreja não tem um partido. Os bispos como bispos não podem identificar-se com um partido ou apoiar um determinado candidato".