Em meio da grave onda de violência que vive o país, o Arcebispo de San Salvador, Dom José Luis Escobar Alas, assinalou este domingo que a aprovação da nova lei que incrementa as penas de menores de idade envolvidos em quadrilhas criminais e gangues é um bom passo, que requer, entretanto, ser acompanhado com políticas de prevenção dirigida aos jovens.

O Prelado falou com a imprensa respeito de dois recentes massacres urbanos nas que morreram 12 pessoas; sublinhando que "o que estamos vivendo é inédito, nunca o tínhamos visto, o que vocês (a imprensa) nos dizem em suas páginas é horripilante, verdadeiramente, mas não vamos perder a fé, não vamos perder a esperança".

O Arcebispo assinalou que é necessário que "a sociedade inteira unida ao Governo procure a solução ao problema da violência, do contrário, que Deus não o permita, vamos ver sucumbir esta sociedade".

Dom Escobar respaldou o processo de consultas que o Presidente Mauricio Funes realizou para recolher opiniões da sociedade civil para pôr fim à delinqüência e a violência.

"Entendo que a decisão dos deputados de incrementar a Lei Penal Juvenil à idade de 15 anos foi atendendo o clamor da sociedade, entretanto é necessário que o país tome em conta a experiência de outros países que penalizaram a menores, mas não basta apenas com essa medida, isto deve ser acompanhado de planos de promoção, ajuda, superação de jovens", disse o Arcebispo.

Durante o 2010, El Salvador já registra uma média de 13 mortes violentas por dia.

No último 2 de fevereiro, sete membros de gangues foram disparados por um grupo de desconhecidos em um rio próximo à cidade de Suchitoto. Na noite de 6 de fevereiro outro grupo armado assassinou a cinco pessoas em um restaurante da localidade de Tonacatepeque.