NAÇÕES UNIDAS, 13 de jan de 2005 às 15:05
Representantes de Nações Unidas anunciaram em Nova Iorque o lançamento de sua nova campanha global para combater a AIDS, que consiste em uma série de anúncios publicitários animados destinada a promover o uso do preservativo entre os jovens de todo o mundo.
A campanha –intitulada “The Three Friends”– tem como mensagem central “Se fizer sexo, use preservativo”, e consta de 820 anúncios publicitários traduzidos a 41 idiomas que se oferecem gratuitamente às emissoras de televisão públicas, organizações não governamentais e entidades educativas que o solicitarem.
Os protagonistas destes anúncios são três preservativos “amigos” chamados Shaft, Strech e Dick –termos que aludem às características do preservativo e à sexualidade masculina–, que vivem aventuras e situações cômicas, cuja moral sempre é a mesma: usar um preservativo é a melhor maneira de frear a propagação da AIDS.
O diretor e produtor dos anúncios, Firdaus Kharas, afirmou em coletiva de imprensa que o fato de que sejam desenhos animados e que as histórias sejam de humor “concede um sentido de irrealidade, o que faz com que seja mais aceito pelas emissoras nacionais de televisão”.
Kharas manifestou que alguns países com culturas mais “conservadoras” podem mostrar-se reticentes a transmitir estes anúncios publicitários nos canais públicos, mas afirmou que “não estamos preocupados sobre as queixa de facções conservadoras nos países, pois nosso objetivo é tentar frear uma epidemia antes de que se produza”.
O produtor argumentou como exemplo que as emissões de televisão na África do Sul, aonde existem um milhão de população muçulmana e 600 mil indianos, tiveram uma “boa acolhida” e até o momento só se registraram duas denúncias.
“É irrefutável dizer que se não ter relações sexuais, não contrairá oAIDS. Mas o que promovemos é que se as pessoas tiverem relações sexuais, use um preservativo”, afirmou Kharas.
Do mesmo modo, o diretor precisou que a campanha vai dirigida especialmente a países como a Índia, China, Indonésia, Rússia, assim como da Europa do Leste e o Caribe, cuja população tem um alto risco de contrair AIDS.