Com ocasião da visita na tarde de ontem do Papa Bento XVI ao Seminário Romano Maior, o Reitor deste centro de estudos, Dom Giovanni Tani, explica que "a presença do Papa é um privilégio, já que vem entre nós como Bispo de Roma em seu seminário".

Esta visita que faz o Santo Padre ao Seminário Maior na festa da Virgem da Confiança tem como novidade a reunião com os quase 200 alunos dos cinco seminários de Roma: o Seminário Romano Maior, Seminário Romano Menor, Almo Collegio Capranica, Colégio Diocesano Redemptoris Mater e Seminário da Madonna del Divino Amore. Nesta visita o Santo Padre rezará uma lectio divina com eles e compartilhará também o jantar.

Em entrevista concedida ao L'Osservatore Romano, Dom Tani indicou que em seu seminário "há alunos de outras dioceses da Itália e do mundo. Temos 44 estudantes não italianos, que vêm da Argentina, Haiti, países europeus e do sudeste asiático", para um total de 86 alunos.

Seguidamente explicou algumas novidades. A partir do próximo ano "os alunos terão um ano pastoral, quer dizer um período durante o qual, inclusive antes de ter recebido a ordenação diaconal, quatro dias por semana, de quinta-feira a domingo, servirão em diversas paróquias da cidade. Isto servirá para fazer uma experiência de transição entre o seminário e a paróquia e para conhecer os párocos, que também estarão envolvidos no discernimento fazendo conhecer a realidade eclesiástica".

Outra novidade, disse, será a "subdivisão da comunidade em pequenos grupos. As classes serão acompanhadas por um formador que estará em contato cotidiano com os alunos. Uma classe terá durante dois anos o mesmo educador para a filosofia e por três anos outro para a teologia. Este projeto busca favorecer um conhecimento mais profundo dos estudantes, para oferecer-lhes conselho e as ajudas que necessitem de modo mais apropriado".

Ao falar dos obstáculos que tem um jovem que decide ingressar no seminário, Dom Tani indicou que uma coisa muito importante que se deve levar em conta é o subjetivismo que deve ser superado com uma "fé mais sólida, mais apoiada na rocha que é Cristo" para evitar girar em torno "ao próprio sentir".

"É importante reconhecer que além de escutar-se a si mesmo, é necessário confiar-se à Igreja, à ajuda do pai espiritual, quer dizer a quem está em capacidade de indicar de maneira mais objetiva o caminho por onde avançar", concluiu.