O jurista do Instituto de Investigações Jurídicas da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), Jorge Adame Goddard, assinalou que as uniões do mesmo sexo não podem receber a qualidade de "matrimônio" na capital mexicana por conter efeitos extraterritoriais.

Durante um debate radiofônico, o perito advertiu que com o reconhecimento de que os cidadãos devem ser dotados de direitos, estes não devem transgredir os princípios constitucionais do país.

Por isso, aconselhou os senadores informar os mexicanos sobre os alcances e conseqüências destas mudanças constitucionais, assim como preparar seus argumentos jurídicos em caso de estar contra os "matrimônios" do mesmo sexo.

Por sua parte, o deputado Fernando Rodríguez criticou ao PRD (Partido de la Revolución Democrática) por aprovar em quatro semanas os "matrimônios" homossexuais, quando em outros países o debate incluiu toda a sociedade.

Do mesmo modo, advertiu que em alguns países europeus está demonstrado que as crianças adotadas por casais homossexuais são propensos a desenvolver uma tendência homossexual, assim como altos níveis de estresse, insegurança e baixa auto-estima.

Acrescentou que antes que nada, deve-se pensar no direito das crianças a terem uma família integrada por pai e mãe.