O jornal La Razón denunciou que a Agência de Cooperação Espanhola (AECI) tem como um de seus objetivos para o próximo quatriênio impulsionar o aborto nos países onde está proibido.

Segundo o anteprojeto do Plano Diretor da Cooperação Espanhola 2005-2008, ao que teve acesso o jornal espanhol, a AECI “pretende ajudar a reduzir a mortalidade materna e infantil apoiando o ‘direito à atenção médica em caso de interrupção de gravidezes não desejadas’”.

“Com a promoção de uma prática sancionada por numerosas legislações nacionais como delito, o Ministério de Assuntos Exteriores e de Cooperação pode entrar a sério conflito com diversos países da Ibero-américa em cujos territórios estão expressamente proibidas as práticas abortivas”, advertiu o jornal.

O anteprojeto sustenta que “as atuações da Cooperação Espanhola se dirigirão para a educação sexual, o planejamento familiar (facilitando informação e acesso a métodos de planejamento), (...) atenção pré-natal e direito à atenção médica em caso de interrupção de gravidezes não desejadas”.

A Razão recorda que “a AECI mantém vínculos com organismos abortistas. É recomendada em matéria de «saúde sexual e reprodutiva» e colabora com a Federação de Planejamento Familiar da Espanha (FPFE), nome como se conhece a IPPF (Federação Internacional de Planejamento da Família), a enorme multinacional do aborto. Além disso, a FPFE é subsidiada pela Schering, empresa farmacêutica comercializadora da pílula do dia seguinte na Espanha, e pelas clínicas abortistas”.

“A AECI está relacionada com o Grupo de Interesse Espanhol em População, Desenvolvimento e Saúde Reprodutiva (GIE), organismo que considera o aborto na saúde sexual e reprodutiva. Embora o apoio da AECI à «saúde reprodutiva» não seja novidade (os recursos destinados a isso em 2000 superam de longe os 400 mil euros), sim o é a maneira explícita com que planeja promover o aborto durante os próximos quatro anos”, conclui o jornal.