Uma porta-voz da plataforma cidadã Hazteoir.org (HO), assinalou à agência ACI Prensa que para evitar confusões e não afetar a convocatória à marcha pró-vida do 7 de março, decidiu-se adiar a convocatória ao referendum sobre a nova lei do aborto.

A porta-voz deu estas declarações logo depois da carta aberta que o presidente da HO, Ignacio Arsuaga, enviasse ao articulista do ABC e L´Osservatore Romano, Juan Manuel de Prada, assinalando que a marcha de 7 de março não foi convocada para pedir um referendum, mas "para lhe exigir a Rodríguez Zapatero, simples e sinceramente, que retire o projeto de lei de aborto livre e promova uma nova lei de apoio à maternidade".

A carta foi enviada à raiz do artigo publicado por Prada no ABC, quem se manifesta contrário a convocar a uma consulta popular, porque "reclamar que se submeta à votação uma lei que transgride o direito à vida é o mesmo que admitir que o direito à vida pode ser submetido à votação".

Ante isso, Arsuaga explicou que a inclusão da frase "Na Democracia se escuta ao povo", não implica uma petição de referendum, "mas está à vista que cabe essa interpretação".

Em qualquer caso, "dado o rechaço que despertou a petição de referendum sobre o projeto abortista do Presidente do Governo, vamos pôr em suspense essa campanha, para nos centrarmos no que une a todos os que defendemos, com maior ou menor acerto, a vida dos que vão nascer", expressou o presidente do HO.