Ante a onda de protestas de organizações feministas e abortistas no México ante os avanços estatais em matéria de defesa da vida do concebido, Carmen Alba, Diretora do Instituto para a Reabilitação da Mulher e a Família, A. C. (IRMA), advertiu que o aborto dista de ser uma "solução" que acaba definitivamente com "um problema" para a mulher.

Em uma coluna editorial publicada pelo diário mexicano El Gráfico, Alba explicou que desde a despenalização do aborto até as 12 semanas de gestação no Distrito Federal, "no IRMA recebemos a um maior número de jovens que durante os últimos 10 anos se viram em uma circunstância de cancelamento da vida de seu bebê. Jovens que vão dos 14 aos 25 anos de idade principalmente".

"Todas elas", revela Alba, "com uma história em comum depois de cancelar a vida do bebê que levava no ventre: confusão, tristeza, depressão, angústia, busca de um bebê substituto, pesadelos e 48% apresentam idéias suicidas".

Logo depois de escutar a milhares de jovens com "distintas histórias de abandono, mau trato, violência intra-familiar, com o comum denominador de um ou mais abortos em sua vida", o IRMA se pergunta: "Será então que a jovem está preparada para enfrentar uma realidade aonde lhe afirmou que não sofreria efeitos secundários? Se não teve redes familiares médicas ou sociais para enfrentar uma maternidade em crise poderá encontrá-las depois? Sentir-se-á com a tranqüilidade suficiente de falar sobre um aborto se não pôde falar durante sua gravidez?"

Alba explica que, contra aquilo que sustentam as abortistas, "a vida depois do aborto não é simples, requer de um tratamento honesto e especializado que ajude a resolver o duelo. De um espaço amigo confidencial e livre de julgamento onde o único objetivo seja o de acompanhar a resolver feridas causadas em ajudar a que estas se cicatrizem e a que se recupere a esperança pelo dano gerado pelo aborto".

O IRMA oferece ajuda às mulheres que abortaram para tratar o síndrome pós-aborto mediante a página Web: www.irma.org.mx