Como uma amostra de que o rechaço às disciplinas do programa Educação para a Cidadania (EpC) do governo socialista espanhol é uma questão de liberdade e não de confissão religiosa alguma, um bom número de pais de família evangélicos apresentaram em Burgos 108 casos de objeções de consciência a esta matéria.

"Os pais que se opõem ao EpC o fazem por uma questão de liberdade e são bastante variados, não respondem necessariamente a uma ideologia nem a uma confissão religiosa determinada, mas o fazem por seus filhos", afirmou María Angeles Peña, porta-voz do grupo “Burgos Educa em Liberdade”.

Nesse sentido, Luis Giménez, membro da igreja evangélica, expressou que os pais de família "objetamos por razões de consciência, depois de conhecer os objetivos e conteúdos do EpC, porque os pais são os responsáveis pela educação e formação moral e religiosa de nossos filhos, antes que qualquer governo".

Segundo fontes do movimento impedimento, em Burgos já se apresentaram mais de mil objeções de consciência.

Por isso, expressaram seu desejo de que os tribunais os sigam apoiando, tal como veio ocorrendo nos últimos meses, pois o Tribunal Superior de Justiça da Comunidade eximiu de cursar o EpC a 549 alunos, entre Burgos e Castilla y León.

As disciplinas do EpC, recordaram, "estão concebidas como um instrumento pedagógico que pretende construir uma consciência moral e cívica obrigatória, sobre a base de um concreto referente ético comum".