Mediante um comunicado, a associação “Pró-vida Valência” explicou por que, embora respeite a decisão de algumas organizações de defesa da vida a reclamar um referendum sobre o aborto durante a massiva manifestação pró-vida convocada em Madrid para o próximo 7 de março, esta decidiu não apoiar a iniciativa.

No comunicado, a organização destaca que o referendum é uma proposta exposta por alguns grupos que têm “toda a liberdade para impulsionar as iniciativas que gostem,” mas que não contam com o respaldo da Federação Espanhola de Associações Pró-vida, nem do Foro da Família.

Estas organizações não apóiam a idéia do referendum, “entre outras razões pelas seguintes:”
•     “O direito à vida não se vota, não o defendemos porque a maioria o dita ou não. O direito existe, nós não o outorgamos.”
•     “Se se aceitasse que o Governo promovesse um referendum este poderia expô-lo nos termos mais convenientes para ele, por isso as perguntas poderiam ser ambíguas ou manipuladas, como por exemplo ‘Você quer que as mulheres possam ir à prisão por abortar ou prefere uma lei que lhes dê segurança jurídica?’”
•     “Os peritos consultados não aconselham o referendum nestas circunstâncias”.

Pró-vida Valência assinala além que ações com efeito universal se coordenem “mediante o consenso dos dirigentes das respectivas organizações”.

Finalmente, seguindo as conclusões do 4º Congresso Mundial Pró-vida celebrado há dois meses em Zaragoza, “tanto a Federação Espanhola de Associações Pró-vida, como Pró-vida Valência estão levando adiante campanhas de sensibilização pró-vida específicas um a um dirigidas aos deputados e senadores, e generais com atos centrados no dia e na semana da vida em torno do dia 25 de Março”.