Dom Carmelo Martínez Lázaro, Bispo da diocese da Cajamarca (no norte do Peru) suspendeu "A Divinis" ao controvertido sacerdote Marco Arana, tanto por sua participação na política partidária como por haver-se pronunciado a favor do aborto em reiteradas ocasiões.

A decisão da suspensão, anunciada ao Pe. Arana mediante uma carta oficial da diocese datada em 4 de janeiro, tomou logo que o Bispo solicitasse ao sacerdote em reiteradas ocasiões distanciar do ativismo político e corrigir-se sobre a opinião expressa publicamente e em diversas ocasiões de que o aborto é "um tema de consciência da mulher", transgredindo os ensinamentos da Igreja.

O Pe. Arana cobrou notoriedade por sua participação em uma ONG ecologista oposta às atividades mineiras no departamento peruano de Cajamarca.

Paulatinamente, o ativismo ecologista do sacerdote foi derivando em participação política, até chegar a recente criação de um movimento político de esquerda chamado "Terra e Liberdade", através do qual pensa converter-se em candidato à Presidência da República.

Dom Martínez assinala na carta que, apesar dos reiterados pedidos de distanciamento da política partidária e de clarificação de sua postura em relação ao aborto, o Pe. Arana permaneceu na contumácia.

A suspensão implica que o sacerdote não poderá utilizar hábito talar  –coisa que nunca utilizou–, nem celebrar Missas ou sacramentos em público, enquanto não emende sua conduta.