A Igreja na Venezuela celebra entre o 26 e 29 janeiro os 25 anos da primeira visita do Papa João Paulo II, onde chamou os venezuelanos a "penetrar com o espírito do Evangelho a ordem social, econômica ou política" do país.

Em uma breve recordação, Cáritas Venezuela recordou a primeira visita do Pontífice e afirmou que esta se converteu em "um ponto de referência indesculpável" na vida da Venezuela, em um "antes e depois do Papa".

"A tarde de 26 de Janeiro de 1985 passaria definitivamente para a História da Venezuela e, sobre tudo, da Igreja na Venezuela. Por primeira vez um sucessor de São Pedro saudava sorridente desde a porta do avião que havia o trazido de Roma e, pouco depois, prostrava-se humildemente para beijar a terra venezuelana", expressou.

O que disse o Papa

Durante aquela visita, João Paulo II recordou aos venezuelanos que "a fé não deve apenas ser acreditada, mas também praticada, aplicada à vida. Não há setor da atividade individual ou social que possam escapar a sua orientação, a qual, sem detrimento da legítima autonomia das realidades terrestres, deve penetrar com o espírito do Evangelho a ordem social, econômica ou política".

Advertiu que o divórcio entre fé e a vida diária é um dos mais graves enganos destes tempos, e portanto "obter tal reativação prática da fé que supere essa incoerência, é tarefa colossal", para a qual deve apontar o povo venezuelano.

"Ao interior da sociedade, sejam defensores dos grandes valores humanos e cristãos: o valor da vida –desde o momento da concepção– contra a violência, a estabilidade e unidade da família, berço de todo autêntico progresso civil e moral, a educação cristã na escola, liceu e universidade. Proclamem e testemunhem que só a honestidade severa, nas responsabilidades administrativas públicas e privadas, dá fibra ao futuro da Pátria", exortou João Paulo II aos venezuelanos.