O sacerdote salesiano Attilio Stra, um dos sobreviventes do terremoto no Haiti, assinalou via correio eletrônico que os mais de 200 alunos do destruído colégio de Dom Bosco em Porto Príncipe “devem ser considerados como mortos junto com alguns do pessoal leigo”.

O escritório de imprensa dos salesianos assinalou que no correio eletrônico o Pe. Stra afirmou que o terremoto acabou com “a obra São João Bosco de Porto Príncipe e as pequenas escolas do Padre Bonhem confiadas aos salesianos”.

Do mesmo modo, informou-se que durante o sismo o também sacerdote salesiano, Pe. Olibrice Zucchi, conseguiu salvar-se ao lançar-se “por uma janela do escritório no qual estava trabalhando”.
Por sua parte, a Confederação Latino-americana e do Caribe dos Religiosos e das Religiosas se uniu às demonstrações de dor pela morte da Doutora Zilda Arns Neumann, irmã do Arcebispo Emérito de São Pablo, Cardeal Paulo Evaristo Arns, e fundadora da Pastoral da criança”.

A secretaria da União dos Superiores Generais (Roma) está tecendo uma rede entre as diversas ordens religiosas para compartilhar as informações e procurar formas de atuação conjunta.

Cifras

Conforme informou esta sexta-feira Jon Andrus da Organização Pan-americana da Saúde (OPS), seção americana da Organização Mundial da Saúde, a cifra de mortos a causa do terremoto “poderia ser de entre 50 e 100 mil pessoas”.
“É somente uma grande hipótese. Quero deixar em claro que realmente não sabemos (...) não temos a informação”, esclareceu.

Do mesmo modo, o membro da OPS advertiu que “os cadáveres não representam uma ameaça para a saúde”; e assinalou que o mais importante nestes momentos é o abastecimento de água.
“Um foco de diarréia poderia ser um grande problema e essa é a razão pela qual a água é prioridade”, sublinhou.