Profissionais pela Ética (PPE), uniu-se ao pedido para que o Governo promova um referendum sobre o projeto de lei que amplia o aborto no país, porque se trata de uma "decisão política de especial transcendência" que dividiu a sociedade.

PPE afirmou que expressou seu acordo com um referendum porque existem "ao menos três razões" para convocá-lo.

Uma destas é que o projeto de lei "suprime em nosso sistema de liberdades o direito de todos à vida e o amparo jurídico do nasciturus", pretendendo converter "um delito em um suposto ‘direito da mulher’, a qual ademais é deixada abandonada sem que se lhe ofereça alternativas para o livre exercício da maternidade".

Do mesmo modo, a pesar que não existem "verdadeiros argumentos racionais para uma reforma legal deste impregnado", recorrem-se a interesses ideológicos e econômicos para justificar uma lei cujo verdadeiro alcance não é conhecido pela opinião pública, "que tem direito a uma informação completa".

Finalmente, advertiu, a escassa diferença de votos durante sua aprovação no Congresso de Deputados, a negação para que os parlamentares votem em consciência e as amplas mobilizações pela vida, "demonstram que este projeto do Governo está provocando uma profunda fratura social que não pode ser negada por mais tempo. Só a retirada do Projeto de lei ou um referendum popular podem já restabelecer a confiança dos cidadãos em seus políticos".

Para Jaime Urcelay, presidente do PPE, "os políticos querem decidir por todos em um assunto da maior gravidade, sem um debate social real e à margem da opinião dos cidadãos. A ampliação do aborto nem sequer estava no programa eleitoral do PSOE e isto torna ilegítimo um projeto de tanta transcendência".

Advertiu que as pesquisas "demonstram o divórcio existente no tema do aborto entre os partidos e o sentir popular majoritário. O referendum será uma prova iniludível de democracia para nossos políticos".