Importantes líderes pró-vida criticaram a Secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, quem recentemente reiterou seu apoio e o do governo do Presidente Obama às políticas que procuram promover em todo mundo "a saúde e os direitos reprodutivos", quer dizer, o aborto e o controle populacional.

Em uma recente declaração nos Estados Unidos realizada diante de representantes das maiores organizações abortistas do mundo, Clinton indicou que os Estados Unidos procura fazer que a atenção da "saúde reprodutiva" converta-se em um "direito básico" como parte das Metas do Milênio, impulsionada pela ONU. "A saúde das mulheres –disse– é essencial para a saúde e a prosperidade de todos".

Ante estas declarações, o Presidente do Population Research Institute, Steve Mosher, explicou à ACI Prensa que a chamada "saúde reprodutiva" está "pouco relacionada com a saúde das mulheres e totalmente relacionada com o avanço da agenda anti-vida no mundo inteiro".

"As pesquisas –explicou Mosher– mostram que a maioria de americanos consideram que esses programas são um mau uso da palavra ‘saúde’. Quem não apóia uma melhor saúde? Mas os programas de ‘saúde reprodutiva’ não existem para melhorar a habilidade das mulheres de, efetivamente reproduzir-se, mas para cortar ou desabilitar seus sistemas reprodutivos por meio do aborto, a esterilização e a anticoncepção. Deveriam chamar-se, com mais razão, programas de ‘recorte reprodutivo’".

Para Mosher, "o fato que organizações como a International Planned Parenthood Federation aplaudam esse tipo de programas significa que estão esperando aproveitar-se do incremento dos recursos que Hillary promete para esses programas, apesar do sofrimento que geram nas mulheres".

Por sua parte, o diretor do Escritório para a América Latina do Population Research Institute, Carlos Pólo, assinalou à ACI Prensa que "a senhora Hillary Clinton é livre de acreditar que o aborto, a esterilização, a anticoncepção massiva inclusive para adolescentes, a ideologia de gênero e tudo o que ela reconhece como ‘direitos reprodutivos’ é uma necessidade básica para os seres humanos. Não nos incomoda que creia nisto e o aplique à sua própria vida".

Não obstante, indicou, "são muitos os países do mundo e especialmente os da América Latina que rejeitaram esta noção de ‘direitos reprodutivos’ e não os incluiu como categoria válida em seus sistemas jurídicos. Precisamente pelo contrabando ideológico que implica e como mostra do nosso rechaço a essas práticas contra a vida e a família".

É lamentável, concluiu, "ver a senhora Clinton usar do poder e do dinheiro norte-americano para impor suas idéias. Para os latino-americanos é algo ofensivo. Entretanto, vejo algo muito positivo nisto porque, em minha opinião, não acredito que prospere. Quando as idéias políticas somente ganham terreno à força de dinheiro, sabemos que logo presenciaremos o início de seu desaparecimento".