O Bispo de Mostar-Duvno (Bósnia-Herzegovina), Mons. Ratko Perić, explicou que a recente visita do Arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schönborn, a Medjugorge, não significa o reconhecimento da autenticidade das aparições marianas e que, lamentavelmente, poderia ser interpretada como um gesto de apoio a um grupo de católicos “desobedientes”.

Em um texto firmado por Mons. Perić, o Prelado explica que a recente visita pública do Cardeal no dia 29 de dezembro, assim como suas expressões sobre o fato de que as aparições “não são obra humana”, assim como sua visita a “vidente” Marija Lunetti, o  deixaram “não pouco surpreendido”.

Esta surpresa, explica o Prelado sob cuja jurisdição se encontra Medjugorge, cuja autenticidade ainda não foi declarada oficialmente pela Igreja, se deve a que “existe entre nós bispos certo protocolo eclesiástico: o bispo ou o cardeal que deseja vir de outra diocese e aparecer publicamente, se anuncia em primeiro lugar ao bispo local, fato sugerido também pela prudência eclesial. Considero, além disso, que tal prudência eclesial e tal regra habitual deveriam aplicar-se especialmente neste caso”.

“Estou surpreendido porque do escritório do Cardeal Schönborn até a publicação desta declaração não foi anunciado nada e suponho que o Cardeal conhece a atitude da Igreja em Medjugorje, atitude baseada nas investigações e as conclusões, de que não se pode afirmar que se trata de ‘aparições’ ou ‘revelações sobrenaturais’”.

Em seguida, explica que sua visita ao “cenáculo” e a uma dissidente “quem como religiosa não tem permissão de operar no território desta diocese, se poderia interpretar também como apoio a ela. Não só a ela, senão também a um conspícuo número de novas comunidades e associações de fiéis desobedientes, em Medjugorje, que na visita do Cardeal podem ler um alento a sua desobediência eclesiástica”.

O Bispo dá conta logo de alguns “fatos dolorosos” na Igreja local que envolve ex-franciscanos, agora dissidentes, como “Tomislav Vlašić, que foi demitido dos freis menores no ano passado e que a Santa Sede liberou de toda obrigação sacerdotal, e frei Jozo Zovko, privado de todo exercício sacerdotal no território desta diocese desde 2004, que, segundo notícias dos jornais, foi retirado por seus superiores religiosos do território de Herzegovina, e lhe foi proibido todo contato com Medjugorje”.

não significa algum tipo de reconhecimento da autenticidade das ‘aparições ligadas a Medjugorje