O Arcebispo Celestino Migliore, Chefe da delegação da Santa Sé na Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática que se realiza em Copenhague, Dinamarca, ressaltou em sua intervenção que "se for respeitada a ecologia humana, a ecologia ambiental também se beneficiará".

Em seu discurso, o Núncio ante a ONU ressaltou que "a Santa Sé respalda a necessidade de difundir uma educação de responsabilidade ambiental que busca também a salvaguarda das condições morais para uma autêntica ecologia humana. Numerosas instituições católicas estão comprometidas na promoção desse modelo de educação tanto nas escolas como nas universidades".

Estas e muitas outras iniciativas católicas, explicou o Arcebispo, "propõem-se incidir sobre os estilos de vida, já que os modelos atuais de consumo e produção freqüentemente são insustentáveis desde o ponto de vista social, ambiental, econômico e inclusive moral".

"Devemos proteger a criação –o solo, a água e o ar– como um dom confiado a cada um de nós, mas também e acima de tudo devemos impedir que a humanidade se autodestrua", disse logo.

Dom Migliore advertiu também que "a degradação da natureza está ligada estreitamente com a cultura que conforma a coexistência humana: se respeitarmos a ecologia humana, a ecologia ambiental também se beneficiará. A forma em que a humanidade trata o ambiente influi na forma em que se trata a si mesma".

O Núncio se deu tempo ademais para explicar que "no pequeno Estado da Cidade do Vaticano está levando a cabo esforços significativos para o amparo do ambiente e a promoção e implementação de projetos de diversificação de energia encaminhados ao desenvolvimento de energias renováveis com o objetivo de reduzir a emissão de CO2 e o consumo de combustível fóssil".