Milhares de fiéis e peregrinos se reuniram na Praça de São Pedro para rezar o Ângelus dominical com o Papa Bento XVI, que em suas palavras introdutórias recordou que o tempo do Advento é um tempo para deixar-se guiar pela Palavra de Deus.

“A Palavra de Deus é o sujeito que move a história, inspira os profetas, prepara o caminho do Messias, convoca à Igreja. Jesus mesmo é a Palavra divina que se fez carne no ventre virginal de Maria: nele Deus se revelou plenamente, nos disse e deu tudo, abrindo-nos os tesouros de sua verdade e de sua misericórdia”, disse o Pontífice.

Refletindo sobre o Evangelho de hoje, o Santo Padre fez notar dois aspectos: “O primeiro é a abundância das referências a todas as autoridades políticas e religiosas da Palestina. Evidentemente o Evangelista quer advertir a quem lê ou escuta que o Evangelho não é uma lenda, mas a narração de uma história verdadeira, que Jesus de Nazaré é um personagem histórico inserido naquele preciso contexto”.

“O segundo elemento –disse o Papa– é que o sujeito se converta em ‘Palavra de Deus', apresentada como uma força que descende do alto e se posa sobre João Batista”.

Mais adiante o Papa afirmou: “a flor mais bela que brotou da Palavra de Deus é a Virgem Maria. Ela é o primor da Igreja, jardim de Deus na terra. Sendo Maria a Imaculada, a Igreja por sua parte precisa purificar-se continuamente, porque o pecado incide em todos seus membros”.

“Na Igreja –prosseguiu– está sempre em ato uma luta entre o deserto e o jardim, entre o pecado que torna árida a terra e a graça que a irriga para que produza frutos abundantes de santidade. Rezemos para que a Mãe do Senhor nos ajude a endireitar nossos caminhos, deixando-nos guiar pela Palavra de Deus”.

A seguir o Papa rezou o Ângelus, saudou os presentes nos distintos idiomas e repartiu sua Bênção Apostólica.